2 de nov. de 2014

Senso do Mountainboard Brasileiro - Depoimentos parte 2!

E na sequência do nosso senso, segue a participação de mais 07 atletas de renome nacional e internacional de nosso esporte.
Vale salientar que essa semana tivemos a informação, através das redes sociais, de que a pista Ironsides Court Farm irá fechar, e a Europa, especialmente o Reino Unido, que para nós simboliza o ápice do mountainborad, atualmente, e seu consagrado Circuito ATBA-UK, mostra suas fraquezas, o que nos dá a impressão de que não, "a grama do vizinho não é mais verde não!" O que nos faz fortes é sim a união e a maturidade para contornar nossos problemas e dificuldades, inerentes a qualquer ser vivo, e construírmos juntos um mountainboard brasileiro mais forte e consolidado! 
Daf Price na Ironsides Court Farm. Foto: Facebook do Ironsides
De uma coisa podemos ter certeza, estamos sendo observados pelos mais "velhos" no esporte, e nas próximas edições traremos mais depoimentos de atletas, empresários e dirigentes de associações, para ao final desse senso, termos uma completa opinião do Mountainboard Brasileiro!
Lucas Melo no Trilhas do Olimpo. Foto: Clube Radical
Lucas Melo - Atleta Profissional, instrutor de mountainboard e proprietário do Trilhas do Olimpo Mountain Park em Itaipava/RJ, atual líder do Circuito Brasileiro.  
O mountainboard ainda é considerado um esporte novo, com apenas 20 anos de existência.
O esporte vem crescendo muito, não só no Brasil, mas também na cena mundial! No Brasil por termos picos naturais infinitos, temos muitos praticantes no esporte, tanto atletas tops de linha, como riders que praticam por hobbie. Na verdade temos mais riders for fun do que Atletas, acho que por falta de Patrocínio, por gastar muito para ir para os campeonatos.
Temos mountain parks famosos e secret spots espalhados pelo País. Nos mountain parks você encontra instrutores de mountainboard para iniciar no esporte, eu sou um deles, dou aula para diversas pessoas de diferentes idades, todos saem das aulas querendo voltar, por ser tranquilo de aprender e muito divertido.
Também muito divulgado nas mídias, matérias para TV, rádio, revistas, jornais e principalmente as redes sociais que aproxima riders do Brasil inteiro para marcar encontros, encontrar novos riders e unir todos em um só lugar. 
Acho que a cena no nosso país não está ruim, mais poderíamos estar em outro patamar, se fosse mais reconhecido por patrocinadores e prefeituras.
Daniel Dynia em Visconde de Mauá, na Local trip. Foto: Fernando Gazzola
Daniel Dynia - Atleta Amador competindo no Circuito Brasileiro 2014 - Local de Resende/RJ
O incentivo pro mountainboard ainda é pequeno porque é um esporte meio underground que não tem uma visibilidade grande como o skate e a bike tem. Esse ano eu achei o circuito brasileiro bem fraco na parte da quantidade de atletas, em alguns campeonatos.
 
Michel Frederico em Vinhedo/SP. Foto: Felipe Correa Tuba
Michel Frederico - Atleta Profissional de Longboard e Mountainboard, local de São José dos Campos/SP - Ladeira ATB

Minha opinião é que o esporte está sendo sustentado por amantes do atb. Não sei se algum atleta pro brasileiro vive do mountain. A evolução natural não pára. O principal de tudo é dar continuidade ao esporte influenciando as novas gerações. A geração nova tem que estar em eventos bem estruturados com possibilidade de retorno financeiro, para assim, poder almejar uma boa profissionalização no futuro. Para que isso aconteça os organizadores devem correr muito atrás de bons patrocínios, como? Agregando veiculos de midia, afinal é um esporte muito show para o leigo. 
Os organizadores devem também ter um bom critério para os julgamentos padronizando e treinando juizes e narrador. Do jeito que está, está foda acompanhar o circuito brasileiro. Muito gasto para pouco retorno. Lembrando que, é claro, existe muito aprendizado nos eventos, o atleta evolui muito e leva essa bagagem. 
Defendo os free rides, amantes do esporte, porém alguns atletas procuram viver do esporte e para isso deveriam rolar premiações melhores, Amador em material e Pro em dinheiro.








Está tipo a evolucao do skate no brasil aos poucos ela foi formando profissionais que ganhavam dinheiro. Os atletas além de participarem de campeonatos correram atrás de video parts, demos, etc. 
Portanto é natural a evolução, mas devemos com certeza padronizar os eventos para terem o mínimo de estrutura para atender os atletas. Se não tiver padrão faz evento independente . Não chame de campeonato brasileiro, um evento onde não tem atletas de todo o brasil e mínimos requisitos para oferecer. Pra mim deveriam fazer uma reforma geral nesses padrões de campeonato, tem que dar mais para o atleta, nem que seja cara a inscrição, mas que ofereça bons recursos aos seus atletas.
Leonardo Ganso, front flip na Swell em Viamão/RS - Foto: acervo pessoal 
Ganso Hardbone - Atleta Master de Viamão/RS e Representante do Rio Grande do Sul do Conselho do Circuito Brasileiro de Mountainboard

Ganso solicitou atualizar seu depoimento, pois não retratava mais a atualidade, enviará um novo em breve! 
 
Cleyton Domingues em etapa do Paulista no quintal de casa, Piedade/SP - Foto: Fernando Gazzola
Cleyton Domingues - Atleta Amador de Piedade/SP, promove e mantém a pista municipal em sua cidade.

A minha visão sobre o mountainboard é que é um esporte em grande evolução, cada ano com mais adeptos e novos atletas no cenário  de competição porém, a cada ano se perde vários atletas com grande potencial devido a grande falta de incentivo e custos com viagens e hospedagem, pois se gasta muito e não tem retorno nenhum, esse é o grande pecado na minha visão, a falta de incentivo em premiação com dinheiro é o principal motivo para o mountainboard brasileiro estar num nível de poucos atletas nas competições. Do que adianta um atleta investir  vários mil reais em viagens hospedagens, mesmo esse atleta sendo campeão, só vai levar o nome de campeão sem ganhar 1 real nem 1 equipamento de proteção e no ano seguinte vai ser a mesma coisa sem um patrocínio nem nada ...na minha visão é muita etapa também 5 ou 6 no ano é muita coisa.
André Pangella em session na Pista de Piedade/SP - Foto: Fernando Gazzola
André Pangela - Atleta Master de Brasilia/DF - empresário do segmento, um dos precursores do Mountainboard em Brasilia juntamente com seu irmão Luciano Pangella - os Calangos Board. (enviou seu depoimento via FB Voice, o qual transcrevo alguns trechos) 

É legal estar vendo o Mountainboard evoluir, as associações, as regras, as polêmicas, os eventos, mas evoluir com uma energia boa. Participar dos eventos é bom para rever os amigos, viajar. E me alegra ver também que está sendo feito um trabalho de base, os instrutores tem feito um trabalho bacana Brasil afora, ver crianças começando, a renovação, a diversão como principal objetivo. Ver que o Mountainboard está se perpetuando cada vez mais no mundo. 
Pra finalizar torço para que ano que vem possamos ter nossa equipe participando do mundial da Sérvia, já esse ano tivemos a Laís lá pela segunda vez consecutiva, saindo vitoriosa, é muito bom ver essa evolução, um abraço!
Bezinho em etapa do Brasileiro em Vinhedo/SP - Foto: Acervo Pessoal 
Bezinho Picorelli 
- Atleta Master, local do Rio de Janeiro/RJ, referência nacional e internacional em esportes como o Mountainboard, Skimboard e skate, atualmente organiza eventos, produz videos e conteúdo de Esportes Radicais, um dos precursores do Mountainboard Brasileiro.
Fala Guedes! Bom, talvez minha opinião seja "impublicável" mas aí vai: o Circuito Brasileiro tem um formato ultrapassado e amador em todos os sentidos desde a produção/organização até o formato. Não é atraente para os investidores. As pistas não são mais desafiadoras como antes quando em cada etapa tínhamos novidades. Os atletas gastam para participar das etapas, mas as premiações nem empatam os custos. Não há comprometimento com o andamento do evento e assim também já o desrespeito com o pouco público presente para assistir. O cenário é desanimador e não vejo outra solução senão o fim desse formato e o inicio de uma nova era onde o PROFISSIONALISMO tome conta em todas as esferas de Pré evento, evento e pós evento e o SHOW seja a sua base restando a quem hoje está envolvido apenas se manter em alto nível e ditar as regras técnicas para uma competição ágil, moderna, que aconteça em pistas novas, diferentes e em eventos com fortes parcerias. Não será fácil, se continuar na mão dos atuais dirigentes, na verdade acho que não será viável. Temos algo incrível nos pés e mãos, porém não esta sendo bem administrado e está fadado ao fracasso (na verdade, comparado a outros esportes secundários como Wake e Kite estamos muito atrás). Continuarei a fazer minha parte de forma "independente" das atuais organizações em algumas situações, como os eventos, e acredito que essa possa ser uma forma de ajudar. Tenho alguns projetos para formar uma nova geração de praticantes que em breve estará em funcionamento e passo mais adiante pra você, mas o Circuito está realmente desanimador, já muito tempo e por isso deixei ele para cuidar de outras coisas. Saudades da galera? Tenho muita ... mas não quero estar associado ao que esta sendo feito nos últimos anos. Grande abraço parceiro ! Saúde, paz e prosperidade ai!









Quero ver o Mtboard em alto nível de forma completa e assim poder enxergar um futuro profissional mais atraente. De qualquer forma, uma coisa só vem melhorando: nível técnico e diversão! Vou investir nesses 2 a partir do meu retorno pós cirurgia e em 1 evento anual, apenas 1 com todo meu esforço, Knowhow, contatos e trabalho. Vamo que vamo !!! Enjoy The Ride !













Nenhum comentário:

Postar um comentário