27 de fev. de 2015

Fechamento do senso do Mountainboard Brasileiro!

Pegas como esse entre Ganso e Bomba são bonitos de ver!
Foto selecionada na primeira edição da Melhor foto do ATB RS 2011
Bueno, “começando o ano de novo”, deixei para postar essa parte do senso agora que as coisas começam a realmente acontecer, tivemos muitas  opiniões e sugestões, e o melhor disso tudo é que todas tinham idéias muito semelhantes e isso sinaliza que as ações sugeridas serão bem aceitas pelos atletas.

Esse fim de semana recebemos ainda um email do Juninho Ribeiro, com várias considerações interessantes de serem lidas e que complementam essas abaixo.  

E aqui as postagens com os depoimentos postados! Parte 1, Parte 2, Parte 3, Parte 4.
Lucas Melo em foto de Matheus Botelho para a Melhor foto do ATB BR 2013
Organizei as idéias/sugestões dividindo elas por itens:

Circuito Brasileiro 2015:

- Desmembrar o Circuito Brasileiro em etapas com menos modalidades explorando o que cada pista tem de melhor: Freestyle (Big Air ou Slope Style) e Speed (Downhill/Boardercross);

- Organizar eventos válidos para o circuito em locais mais centrais com a construção de pistas específicas para a competição. Abrindo assim novas praças, patrocinadores locais e promovendo o esporte.

- Usar a modalidade do downhill speed apenas para tomada de tempo e montagem das baterias do boarder cross, sem distribuir premiação ou troféus. A não ser que a prova seja apenas de downhill speed, como já ocorre em alguns países da Europa.
Essas alterações no formato favoreceriam atletas, organização e público, além de qualificar mais os eventos uma vez que:


Foto de Matheus Botelho, rider Thiago Solon para a Melhor foto do ATB BR 2013
Os atletas

-  Poderiam focar mais no treino e melhorar seu desempenho em uma modalidade apenas.  

- Optar por participar das etapas que envolvem sua modalidade de preferência.

- Andar em pistas em melhores condições

- Receber melhores premiações e que compensem seus investimentos no circuito, e para os PROs, premiação em dinheiro.

- Fazer viagens mais curtas e econômicas, uma vez que o evento seria realizado em menos dias e em datas mais baratas de viajar e hospedar-se. Apesar desse ano termos vários feriadões no calendário.

Galera reunida na Etapa Trilhas do Olimpo/RJ 
Organizadores






- Diminuiriam a carga de trabalho na organização

- Teriam menos pistas para reformar e deixar em condições favoráveis

- Teriam menos custos com troféus, não mais 72 por etapa

- Poderão oferecer melhores premiações, pois não serão mais divididas entres as atuais 72 classificações necessárias para um circuito completo.


Mais tempo para debater as inovações e evolução
Comissão Técnica:

Com eventos mais focados a comissão técnica terá mais tempo para se reunir durante o evento e aprimorar os critérios de julgamento, conversar com os atletas e chegar num consenso sobre notas, validação de manobras e grau de dificuldade. E até mesmo a revisão no regulamento do Circuito.




Foto de Fernando Gazzola enviada para a Melhor foto do ATB 2013 
Nova safra de atletas:

- Organizar competições para iniciantes, separado dos eventos do Circuito Brasileiro, em eventos locais, e com participação especial de atletas do Circuito.

- Organizar também eventos para iniciação, nos centros de treinamento, para os novatos terem uma experiência positiva e segura desde suas primeiras voltas.

- Apresentar o esporte também na sua prática simples e divertida em parques, gramados e pequenas ladeiras para dismistificar a sua complexidade e dificuldade de realizar manobras. Adequa-lo ao propósito dos iniciantes que é a diversão.

Enfim, nada de muito novo de tudo que já foi discutido e pretendido.

Esse tempo que estou morando fora, tenho acompanhado opiniões diversas, e ano passado participei de uma entrevista que o Jason Lee, um dos criadores do esporte e fundador da MBS, deu para o Diego Anderson e o Pierre Louis Nanar para um documentário que eles estão produzindo e nesse bate papo pude perceber que apesar do Brasil ser mais recente no esporte, tem a mesmas dificuldades, dúvidas e pretensões, e como afirmou ele em um dos trechos da conversa, -“o mountainboard tem um potencial imenso, e atrai a atencão de todos, mas o que define seu sucesso é a união dos atletas e empresários na organização das suas ações. Isso fica bem evidente nas movimentações que acompanho ao redor do mundo, os altos e baixos em cada comunidade depende do esforço das pessoas em fazer acontecer! Sempre terá um espaço para o mountainboard, basta alguém querer ocupa-lo com competência e união!


Kako Neme clicado por Tony Dogga. Concorreram na Melhor foto do ATB BR em 2012
E se repararmos bem é assim mesmo que acontece, “bomba onde o cara tá pilhado”!

Queremos agracecer a colaboração de todos e continuar pedindo sua ajuda para mantermos nosso esporte em evolução e o blog sempre com novidades! Segue o debate.

Fiquem atentos a próxima promoção ETR!: A escolha da melhor foto do ATB 2014! Esse ano com um novo formato de votação.

Edições anteriores da Melhor foto do ATB:


2011 - primeira edição, apenas Rio Grande do Sul

2012 - segunda edição, nacional 
2013 - terceira edição, nacional!

Enjoy The Rideeeeeeee!



25 de fev. de 2015

CIRCUITO BRASILEIRO 2015 por: Juninho Ribeiro (AMERJ) - e na sequência o fechamento do senso!


Marcos Ribeiro Cabral Junior - O Juninho - Foto: Fernando Gazzola
Nesse final de semana eu estava fechando o post da conclusão do senso e recebi esse material do Juninho Ribeiro. Ele enviou um e-mail para aproximadamente 20 atletas com o objetivo de aquecer as discussões sobre nossas ações para 2015. Muito bom o conteúdo e vai complementar com tudo que eu já havia reunido. 
O Juninho Ribeiro pra quem não conhece é atleta profissional de Resende/RJ, Completa a equipe Local Trip Mountainboards de Visconde de Mauá/RJ, berço do mountainboard brasileiro. Ele em um estilo inconfundível, contorce ao máximo sua manobras e lá no alto. Ativo no cenário do mountainboard faz anos, anda muito e tem propriedade para falar. Dale!

Juninho no cartaz da Etapa de Vinhedo/SP
CIRCUITO BRASILEIRO 2015
Por: Juninho Ribeiro ( AMERJ )

Acredito que precisamos mudar muitas coisas no circuito brasileiro de mountainboard, para que fique o mais profissional possível, tanto para os atletas que vão para campeonatos como se fosse apenas um role, e para o público que assiste a tudo de forma meio amadora, e um tanto desorganizada, é atleta correndo sem proteção, tudo fora do cronograma do evento, atleta que quer mudar sua categoria na hora da prova, jurado sem conhecimento, regras que quase ninguém respeita, etc. Eu sei que na maioria das vezes estamos fazendo tudo do mountainboard por amor também, mas acredito que pra dar certo temos que fazer de outra forma, então proponho algumas ideias para mudança e discussão de melhorias.

 SUGESTÕES DE REGRAS
Mesmo que aconteçam muitas discussões, debates, e falta de concordância entre os estados e representantes de pistas, algumas regras e requisitos até de segurança acredito que deveriam ser seguidos:
- Devemos criar a Associação Brasileira Mountainboard.

- Todas as pistas que forem sediar uma etapa do circuito brasileiro de corrida devem ter um drop com no mínimo 3 lugares para atletas, e um gate de largada (com madeirinha que cai)

- Nenhum atleta inscrito nas competições pode competir sem pelo menos o uso do capacete.
- Devemos escolher um grupo de pessoas que  mais viajam para as competições para definir as regras de julgamento e treinar para que sigam as regras a risca, dessa forma, um amador pode julgar um profissional sem problemas e vice-versa.
- As pitas de corrida devem ter pelo menos 3 juízes de prova, um na largada, um no meio e outro próximo a linha de chegada.

- Toda pista que sediar uma etapa do circuito brasileiro, devemos incluir no orçamento do evento um painel (banner,ou qualquer espaço que seja dos apoiadores) com todos apoiadores do evento para que o atleta possa dar entrevista, tirar fotos etc nesse espaço, além de ter um fundo para a hora da premiação, e o apoiador possa ter um pouco mais de retorno de sua imagem. Exemplo dos jogadores de futebol que quando acaba um jogo, logo vem uma equipe com um acrílico transparente com adesivos de todos os patrocinadores do evento por trás do jogador enquanto ele da entrevistas.
- O calendário de etapas do ano seguinte deve ser definido e se possível divulgado até o final de Dezembro, ou máximo até meados de Janeiro ( Isso facilita até na hora de buscar apoios e patrocínios, pois TODOS pedem o calendário de competições, e não temos ainda)
- Ambulância.

- Acredito que devemos seguir a sugestão que o Fernando Gazzola passou, realizar apenas uma prova ao invés de 4 provas em uma etapa do circuito, isso fará com que o publico fique mais focado e atendo ao que está acontecendo, entenda tudo e se aproxime mais do esporte, e com que o atleta não fique tão desgastado e tenha que fazer tudo na correria, o organizar do evento não fica abafado com cronograma curto, atletas que chegam atrasados etc. E com isso acrescendo uma parte importante, quase nenhum atleta paga inscrição dos eventos, que é uma grana muito importante para o organizador cobrir uma parte “pequena” dos custos do evento, porem também que não temos muitas premiações e os atletas querem dinheiro como premiação, uma forma disso acontecer é deixar bem claro que TODOS devemos pagar a inscrição e que TODO o dinheiro arrecadado com a mesma será destinado a premiação dos atletas dividido entre o primeiro, segundo e terceiro colocado. Se a Pró paga R$ 50 reais de inscrição, o total desse valor será dividido entre os colocados da pró, e o mesmo com a amador que paga R$ 30 , ou R$ 40 reais não sei ao certo. Essa é uma forma sustentável de conseguirmos dinheiro para os atletas e todos saem felizes.

- Muitas provas em dois ou um dia além de cansativo, fica chato pra quem corre, pois o atleta não consegue realizar o máximo que consegue por estar esgotado, chato pra quem vê pois não entende nada, só vê uma correria pra todos lado, o evento fica sem foco, uma prova por evento é ótimo, e não perdemos atletas que talvez não gostem só de corridas ou só de manobras pois vai rolar dinheiro, então vale a pena ir em todos, pode até rolar mais de uma prova por evento, nesse caso eu já acrescento que vale cobrar por provas, pois dividir um valor baixo pra muitas pessoas é muito ruim, exemplo: 
 Evento de Boardercross

Tomada de tempo no sábado (não precisamos divulgar o Downhill para o púlbico pois o foco é o boardercross )

Corridas oficiais no Domingo a partir das 13:00hs
Inscrição Pro R$ 50,00 reais
Inscrição Amador R$ 30,00 reais (não sei o valor correto)
Premiação as 17:00hs ou até antes, (todos os atletas conseguem esperar a premiação, teremos publico nessa hora também, vai ser tudo rápido e fácil)
 Exemplo 2: Duas provas em um evento
Boardercross e Big Air
Inscrição Pro R$ 50,00 reais POR PROVA ( imaginem 10 atletas da pro pagando 50 reais por prova, temos mil reais, 500 pra dividir entre primeiro, segundo e terceiro BOARDERCROSS e 500 pra dividir entre primeiro, segundo e terceiro do BIG AIR, mesmo que ainda não seja o valor muito alto mas já é alguma coisa, melhor que sair sem nada.)

OBS: Em 2015 teremos esses feriados nacionais de acordo com um calendário que vi na internet. (acredito que são mais do que esses, dependendo do estado e outras condições)
ABRIL:
3 Paixão de cristo (sexta)
4 sábado 
5 Domingo (Pascoa )
21 Tiradentes (Terça)

MAIO:
1 Dia do trabalho (sexta)

SETEMBRO:
7 independencia (segunda)


OUTUBRO:
12 Nossa senhora Aparecida (segunda)

NOVEMBRO:
2 Finados (Segunda)

19 Bandeira (quinta)
20 Consciencia Negra (sexta)


Fs 360º nosebone - Foto: Felipe Correa Tuba


SUGESTÕES
Eu sei que ainda não temos uma associação brasileira de mountainboard, mas podemos entrar em um acordo entre todos os estados para também adquirir alguns materiais para o circuito brasileiro, o que não vai ficar caro pra ninguém, e vai fortalecer o circuito com materiais para as provas. Vamos supor que a primeira etapa de 2015 seja do Trilhas do Olimpo, esses materiais ficam com eles durante a etapa, e devem ser entregues para o representante  da próxima etapa ao final da competição, e assim por diante.


- Foto célula para as provas de corrida. (com isso eliminamos a discussão de marcação de tempo errada )

- Rádio para comunicação.
- Um Narrador oficial do circuito ( todos da A.B.M dividem os gastos de todas as viagens por igual caso não exista patrocínio para esse fim ).
- Cronometros
- Pagar pelo menos um fotógrafo para cada etapa, quem não tiver que faça esse serviço ainda.


SUGESTÃO PARA PREMIAÇÃO
Muitos atletas estão desanimando de competir devido a premiação, então pensei numa forma de fortalecer um pouco mais essa questão. Quase nenhum atleta paga inscrição dos eventos, o que enfraquece muito quem organiza e todo o resto, então proponho para que todos paguem as inscrições é que TODO o dinheiro arrecado com as inscrições seja revertido para a premiação, exemplo: 



- Inscrição da PRO R$ 50,00 reais, se conseguirmos 20 atletas profissionais para um evento = R$ 1.000,00 reais, então podemos dividir dessa forma:
 1º colocado R$ 500,00 
 2º colocado R$ 300,00
3º colocado R$ 200,00
Além de troféus  e/ou medalhas.
E as outras premiações conseguidas por cada etapa, como camisas, e outros brindes podemos também dar aos primeiros colocados, ou melhor ainda, premiar os outros participantes como formar de incentivo a competirem, treinar e continuar participando dos eventos.


Juninho e Tupac na foto que inspirou o cartaz acima.


PRÉ EVENTO
Vejo todos os esportes antes das competições realizarem tipo uma coletiva de imprensa com os atletas e organizadores do evento.  Seria possível tentarmos organizar umas dessas para 2015, fazer a coisa acontecer mesmo, ou forçar para que aconteça haha.
Acredito também que além do briefing feito um pouco antes das provas com os atletas devemos criar um arquivo com as regras, e explicando cada item de cada pista para enviar aos atletas antes da competição para que não aconteça reclamações, discussões ou qualquer desentendimento na hora das provas.

Outras sugestões para todos os atletas e equipes
 Vejo dificuldade em levar as pessoas até nossas pistas para apresentar nosso esporte, os pais podem ser um problema por não confiar seus filhos nas mãos de estranhos em excursões, os filhos podem ser um problema por se machucarem durante o role se não prestarmos a atenção etc. ou seja, uma boa forma de levar nosso conteúdo até as pessoas são os vídeos na internet, um dos maiores meios de comunicação, não apenas vídeos com manobras extremamente radicais, violentas etc, mas vídeos com mais conteúdo, diversão, vídeos engraçados  (não ridicularizando, apenas engraçado de forma divertida) vídeos inovadores, apresentando os picos, a nós mesmos, tutoriais, quanto mais material tivermos de todos melhor nosso retorno em de todos os lugares. Vamos nos mexer galera, estamos parados, o mountainboard não está evoluindo.
O vídeo que fizemos do funny session 2 foi bem falado com pessoas que eu nunca vi na vida aqui na cidade, pessoas  e amigos da minha família perguntando quando será o próximo, eles querem ir etc.



Sugestões para quem organiza o evento
Se no local da etapa não tiver, comida ou bebida podemos entrar em um acordo com donos de locais movimentados do seguimento para que façam um Stand durante a etapa, assim, não só os atletas podem se alimentar e consumir, mas o público também, com isso que for assistir não precisa ir embora pra “almoçar” ou comer qualquer outra coisa.
Vamos tentar produzir camisas relacionadas ao mountainboard e ao estilo de vida que levamos, para expor e montar um local mesmo que simples para vender durante a etapa que está sendo realizada, o organizador ganha, todos ganham.

“Lembranças de um tempo bom”
Não sei se todos lembram, mas,  tive o primeiro contato com o board em 2004, achei lindo o que aconteceu na Local Trip, muuuitas pessoas reunidas com um único propósito, fazer o que amam para serem felizes, que foi a primera competição de mountain que eu vi, fiquei louco querendo fazer a mesma coisa com o sorriso no rosto que todos levavam, as músicas etc. eu comecei realmente a treinar em 2007, e ver caras do Sul, São Paulo, Minas, Rio e Brasília num só lugar foi muito foda. E estamos perdendo essa essência, nós somos isso, tudo bem que precisamos de muitas coisas, mas estamos esquecendo de como é bom. 
Juninho - Big Air Vinhedo - Foto: Assef Ribeiro
Dúvida
Por que raios nosso esporte não se destaca juntamente aos outros esportes radicais como skate, surf, snow etc ?
Por que não estamos nos X-Games, ou em olimpíadas sei lá... e o que fazemos pra isso acontecer ?

É isso galera, vamos manter contato para evolução do esporte que amamos.


OBS: Galera, se eu estiver muito errado, se alguém não gostar do que eu escrevi ou estou querendo passar, por favor, não se ofenda, não estou falando nada para prejudicar, só quero ajudar, e peço desculpas caso alguém se sinta ofendido ou atingido com qualquer coisa aqui. Vamos juntos, o esporte é do caralho, nós somos muito loucos, temos tudo pra fazer acontecer, futebol porra nenhum, a “bagaça” é esporte radical MOUNTAINBOARD POOORRA !!!!!

Marcos Ribeiro Cabral Junior

“Juninho Ribeiro”